Depois de um dia cansativo de trabalho, parecia tudo normal, quando o tocar de uma campanhia me mostraria ao contrário.
Foi a pior noticia que se poderia receber, mesmo sem acreditar no que ouvia, me desesperei, mal sabendo o que fazer.
Ao ver os amigos, a família, foi a pior confirmação. Ele tinha mesmo ido embora. E naquela hora o que mais me chocava não era ele ter ido embora, mas sim como tinha acontecido tudo pra tal fato, não acreditava que ele ... não! Não podia ser verdade... ELE NÃO!
Era então o maior dos enigmas, a maior das dúvidas, e sem dúvida a pior das sensações. Sensações acompanhadas de culpa, de revolta, de lágrimas e dor, e mesmo que recente, da saudade.
A dor batia no peito, e tudo era tão inacreditável, que o coração diminuía e queimava. O desespero tomava conta, toda a nossa vida passando em flash's, e aquele momento se fazia tatooagem, onde mais dói e não cicatriza.
Me preparei pra olhar teu rosto sem aquele teu sorriso, sem aquele teu olhar que sempre me encantou.
Pra alguém emotiva, chorar era a primeira coisa a acontecer, mas de fato não foi, eram tantas as perguntas em minha cabeça, que chorar não era mesmo a primeira coisa a acontecer.
Ficar por horas ali ao lado, era uma forma de amenizar minha dor, de tirar pelo menos naquele momento a insatisfação, que eu sabia que voltaria.
Foram horas, rezas, orações, choros, lembranças e lamentações, até o pior momento chegar. Foi o ínicio da distância total, distante de nosso olhar, de nosso toque, perto somente do coração e da nossa mente.
Já era tarde, e tinha ficado impossivel voltar atráz, era uma dor que não tinha como controlar. Passei dias tentando entender, arrumando desculpas pra justificar, mas nunca iria se esclarecer, e estava mais do que na hora de me conformar.
Lembranças e lágrimas me acompanharam por meses, e não importava onde, a saudade sempre transparecia, a vontade era de que nada fosse verdade.
Um ano depois, todo o vazio que senti naquele dia se fez presente, talvez estivesse tão conformada ao ponto de não conseguir chorar, e nem lamentar tanto, e de simplesmente lembrar como foi bom tê-lo em minha vida.
Ele sem dúvidas era o melhor em tudo o que fazia, em tudo o que se propunha a fazer. A jogar, a ensinar, a trabalhar, estudar, tocar. Era o melhor em ser amigo, em ser conselheiro ou ouvinte. Ele alegrava o ambiente por onde passava, com piadas sem graça, histórias ilárias de bebados, loucos,homosexuais, com apostas inutilmente engraçadas.
Ele era tão especial, que até as coisas mais especiais perdiam teu valor. Tudo era meramente perdoável, a bola perdida, o aniversário esquecido, o não aparecer em casa quando prometia...
E mesmo com todas essas coisas sem importância que aconteceram, eu agradeço. Agradeço por ter deixado um bom som, por ter deixado boas lembranças, pelos presentes, pelas horas incessantes de risos, obrigado por ter sido tudo o que vc foi e ainda é pra mim. Por que nada, nem ninguem vai tirar vc de mim. Você será sempre o Leandro Matsumoto Talcidio, o meu querido JAPA.
Aline
Um comentário:
Oi Aline td bem? Eu ví por acaso essa postagem. Conheci o Leandro quando criança aí em SP (Ele é irmão da Amanda,ir. mais nova, filho do Donizete e da Fukumi?) e pelo que entendi aconteceu algo c/ ele. Nossa, os pais dele foram muito amigos meus, perdi o contato com eles pq vim pra Bahia há onze anos atrás. Se possível me explica o que aconteceu tá bom? Abraço
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